Depois de recriar a face de Maria, mãe de Jesus, pesquisador revela como teria sido uma das modelos da Renascença
Átila Soares da Costa Filho - Artes
Imagem de como teria sido a jovem dama da aristocracia florentina, Ginevra d'Amerigo Benci Niccolini, da obra “Ginevra de' Benci” de Leonardo Da Vinci (1475 e 1478)
Depois de apresentar ao mundo a reconstrução do rosto de Maria, mãe de Jesus - em 4 fases de sua vida -, o pesquisador e designer Átila Soares da Costa Filho volta à inteligência artificial para revelar como deverá ter sido a verdadeira aparência de uma das mais célebres modelos da Renascença.
Desta vez, a base para seus experimentos foi a obra “Ginevra de' Benci”, executada por Leonardo entre 1475 e 1478, e que mostra uma jovem dama da aristocracia florentina, Ginevra d'Amerigo Benci Niccolini, notável por sua ampla cultura e cuja família era próxima ao círculo social do pintor.
Segundo o designer, algumas questões foram consideradas a fim de que se aproximasse de um resultado mais fiel. Uma destas foi descartar, parcialmente, o estilo pessoal de Leonardo na busca pelo rosto de Ginevra: "Cada mestre da Pintura, de forma mais ou menos consciente, imputava seu jeito particular de retratar um modelo – era o seu estilo. Isto é o correto em termos de se expressar a genialidade em cada um mas, por outro lado, a técnica também poderia trazer certas dissonâncias à realidade da fisionomia do representado."
A pintura se trata de uma das obras mais famosas do mestre, atualmente parte da coleção da National Gallery, Washington, sendo a única pintura de Da Vinci situada nas Américas e a única reconhecidamente fora da Europa.
Átila Soares é formado em Desenho Industrial pela PUC-Rio e pós-graduado em História da Arte, Antropologia e Arqueologia. Com estudos divulgados em mais de 80 países, faz parte do Comitê Científico na Mona Lisa Foundation (Zurique) e no Projeto "L'Invisibile nell'Arte" (Roma).