O turismo do Rio de Janeiro passa por mais um momento delicado, depois do novo decreto da prefeitura que restringiu os horários de funcionamento do comércio, bares, restaurantes e pontos turísticos para tentar conter o avanço da covid-19. A ocupação nos hotéis sofreu uma queda na última semana e não há um horizonte muito favorável para o feriado da Semana Santa.
Para tentar buscar uma luz no fim do túnel, a iniciativa privada vem unindo forças para encontrar saídas e melhorar a imagem da cidade e até mesmo do país, que vem enfrentando uma crise sem precedentes por conta da atuação do governo frente à situação sanitária que estamos vivendo.
O Rio Convetion & Visitors Bereau (RCVB) está recuperando a marca Visit.Rio que vai oferecer vários novos produtos dentro da cidade. Um deles é o fortalecimento do turismo religioso, que começa com as comemorações dos 90 anos do monumento do Cristo Redentor, que acontece em outubro, além de oferecer outras atrações que podem transformar a cidade em um destino para peregrinos lançando a hastag #Riocidadeabençoada. Alguns eventos que estavam no calendário da entidade, foram transferidos para o segundo semestre do ano, com a expectativa de que o cenário melhore e que a retomada do turismo na cidade, não só para os turistas locais como para os estrangeiros ocorra o mais rápido possível.
O RCVB também está em constante reuniões com a prefeitura e o governo do Estado para melhorar a situação da cidade. O Centro do Rio está passando por uma situação lamentável. Com a maioria das empresas funcionando em home office, as ruas estão vazias e a insegurança é constante. Muitos estabelecimentos comerciais já fecharam as portas e outros correm o mesmo risco.
Em Buenos Aires a situação é semelhante. O home office esvaziou as ruas do centro da capital portenha e muitos restaurantes, até na área nobre e turística do Porto Madero já fecharam. O comércio também sofre as consequências da rígida quarentena que foi decretada no país há um ano. Com as ruas vazias a insegurança também ronda a região.
Em dezembro, o governo argentino, que tinha reaberto o país no mês anterior, criou uma série de restrições para conter o avanço do coronavírus. As reuniões estão restritas a no máximo 10 pessoas, os voos ao país foram reduzidos e o teste de PCR é obrigatório para quem chega e o uso do transporte público também está restrito aos trabalhadores de áreas essenciais.
Na Itália, primeiro país do ocidente a entrar em quarentena há um ano, o número de contágios voltou a subir e o pais adotou novas medidas restritivas até pelo menos o início de abril. Dez regiões, que incluem Roma e Milão, deverão ficar em total confinamento a partir desta semana. Bares e restaurantes ficarão fechados, as aulas voltarão ao modelo virtual e os deslocamentos não serão permitidos, salvo para emergências. A recomendação é de que as pessoas fiquem em casa.
As restrições serão aplicadas em todo o país durante a Páscoa, mas será possível receber em casa até dois adultos durante o feriado que não deverá ter todos festejos tradicionais devido à pandemia.
Uma curiosidade:
Na Itália, diferentemente do Brasil e da Argentina, a Sexta-feira Santa não é feriado e sim a segunda-feira, quando é comemorado a aparição do anjo anunciando a ressurreição de Cristo. Esse feriado é conhecido como Pequena Páscoa (Pasquetta) ou Segunda-feira do Anjo (Luneddi dell´ Angelo).