Menos gurus e mais Ciência
Por Fernando Guida - colunista sobre Sustentabilidade
Crédito: Google
A falta de informação adequada tem levado muita gente, de todas as ideologias, a dar mais crédito a falsos gurus e a lideranças equivocadas do que à Ciência e até mesmo a princípios religiosos que antes defendiam e viviam e, hoje, aceitam distorcer.
Não é questão político-partidária, mas egoismo e medo o que tem conduzido pessoas por esses caminhos.
O mesmo medo que poderia impulsioná-las a diante, acaba servindo de escudo para proteger seu orgulho e sua falsa humildade e funciona como um tapa-olhos.
Umas deixam um olho destapado, por via das dúvidas, outras se apegam tanto à ganância e à ambição desmedida, que tapam os dois olhos (e os dois ouvidos) para viverem seus sonhos materiais e artificiais.
Às vezes o receio de perder (posição, bens, falsa tranquilidade) é tanto, que nem notam ou nem se importam se seu comportamento agride outros.
Muitas vezes, a maneira mais simples de se manter na bolha artificial do consumismo e da hipocrisia é simplesmente forçar-se a acreditar em mentiras (sem pesquisar, com calma e independência, na busca da verdade), mentir ou negar tudo que possa incomodá-las ou colocá-las em posição difícil ou enfraquecida perante os que estão remando na mesma direção que elas.
O atrito, quando usado de forma adequada, serve, como o medo, como ajuda para pegar impulso e seguir mais à frente.
Mas, quando mal utilizado ou exagerado, funciona no sentido inverso e nada resolve, só piora tudo.
Por isto, entrar em atrito por que alguém chegou ao ponto de negar o que está claro ou é óbvio, não dá bom resultado.
Além da humildade, é a empatia um instrumento poderoso de entendimento, de auto-conhecimento e de melhoria em convivências.
A Humanidade está vivendo a emergência climática, que chegou arrasadora e acelerada, e até isto tem sido negado por muitos, pelos motivos que citei acima, com alguns chegando ao cúmulo de trazer dados distorcidos para discussões, como se isto fosse cessar calamidades, frio ou calor intenso e descabido, etc.
A força das consequências das mudanças que ajudamos muito a provocar no clima precisa ser combatida com inteligência e solidariedade, que vão gerar resiliência.
Mais importante ainda é seguir as instruções científicas e evitar mais problemas com instabilidade física ou emocional.
Portanto, não importa a corrente com a qual você se identifique, vale a pena experimentar, nestes tempos e sempre, se colocar no lugar de quem esteja precisando de ajuda, tentar entendê-lo, e, de forma serena e com argumentos previamente bem estudados, ajudá-lo a se reequilibrar e, até, quem sabe, passar a também adotar a mesma tática, da empatia, junto aos que convivem com ele.